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NOTA: 10.
"Sonhos parecem reais enquanto estamos nele. É só quando acordamos que nos damos conta que algo estava estranho." Cobb
Diz-se que (o diretor e roteirista) Christopher Nolan passou 8 anos escrevendo o roteiro deste filme. A história não parece improvável se analisarmos a carreira que ele construiu. Nolan estourou quando lançou Amnésia, depois lançou Insônia antes de assumir a franquia de Batman. Ele ainda intercala cada filme da franquia com outro. Primeiro com O grande truque agora com A origem. Cada filme lançado mais ambicioso que seu antecessor, como se ele estivesse se preparando para este momento.
Alguns podem reclamar que é um filme ambicioso demais, mas eu discordo. Nem todo filme precisa ser despretencioso, ainda mais quando se trata de um diretor que tem algo a dizer. E se tem alguém hoje que tem algo a dizer é ele. E ele se preparou para chegar a esse ponto, o ponto de poder contar com dois vencedores de Oscar (Michael Caine e Marion Cotillard) e cinco indicados (Leonardo DiCaprio, Tom Berenger, Pete Postlethwaite, Ken Watanabe e Ellen Paige) para compor seu elenco.
DiCaprio vive Cobb, um especialista em entrar nos sonhos alheios para roubar informações. Ele se envolve em um trabalho para roubar informações de Saito (Watanabe), mas não se dá bem e acaba mais encrencado do que já estava, afinal ele já tem um problema que o impede de voltar aos EUA. Saito lhe propõe um "último trabalho". Ele pede que Cobb insira uma idéia na mente de seu concorrente, Fischer (Cillian Murphy), em troca todos as acusações serão retiradas. Apesar de todos dizerem que é impossível, Cobb diz que pode fazer.
Assim ele começa a juntar sua equipe: seu parceiro de sempre Arthur (Joseph Gordon-Levitt, ótimo), Eames (Tom Hardy), que personifica pessoas em sonhos, Yusuf (Dileep Rao), um químico e Ariadne (Page), que deve construir o lugar onde o sonho se passará, a arquiteta. Não por acaso, Ariadne é também o nome da personagem mitológica que ajudou Teseu a