LETRAMENTO WORD
Apesar de a presença do ser-leitor ressoar em nossa trajetória ontológica, como diz Zaccur (2001, p.34), pesquisas da UNESCO4 , Nova Escola5 , SAEB6 e outros órgãos afins retratam que nossos alunos continuam com deficiências na aquisição de conhecimento da língua materna. De acordo com dados do último exame do PISA (Programme for International Student Assesment), exame realizado pela UNESCO em parceria com a OCDE, o Brasil amargou o 37º lugar entre 41 países, evidenciando que nossa nação precisa reverter esse quadro. um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever ; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita. (SOARES, 2002, p.40)
O que se nota é que muitas pessoas se alfabetizam, conseguem ler e escrever, mas não são necessariamente capazes de incorporar a prática da leitura e da escrita para envolver-se com as práticas sociais de escrita não lêem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um requerimento, uma declaração, não preenchem um formulário, sentem dificuldade para escrever um simples telegrama, uma carta, não conseguem encontrar informações num catálogo telefônico, num contato de trabalho, numa conta de luz, numa bula de remédio.”(SOARES, 2002, p.40)
Ao ler palavras, a escola se torna um lugar especial que nos ensina a ler apenas as “palavras da escola” e não as “palavras da realidade”. O outro mundo, o dos fatos, o mundo da vida, o mundo no qual os eventos estão muito vivos, o mundo das lutas, o mundo da discriminação e da crise econômica (todas essas coisas estão aí) não tem contato algum com os alunos na escola através das palavras que a escola exige que eles leiam. (FREIRE in ZACCUR, 2001, p. 22)
Testes de leitura como o PISA8