letra gótica
Foi usada na Europa ocidental desde 1150 até 1500. Este estilo caligráfico e tipográfico continuou a ser utilizado em países de lingua alemã até o século XX.
Histórico
A fase chamada protogótica teve lugar na Inglaterra e norte da França, entre o final do século XII e final do XIII. Surgiu da cisão da minúscula carolina (ou carolíngea) com a minúscula anglo-saxônica então usada nos scriptoria ingleses, desde 950, nos documentos em latim. Em seguida a grafia foi sendo adotada nos Países Baixos, norte alemão, Escandinávia e na Espanha.2
Na dita fase gótica (entre fins do século XI e começo do XVI), sua grafia cursiva foi sendo difundida e aperfeiçoada, especialmente pela chancelaria real francesa que criou um estilo elegante.
Na Itália o protogótico ficou restrito às regiões de influência francesa; mas, por volta de 1200, as formas góticas livrescas - como a litera rotunda (dos livros litúrgicos) e a litera bonomiensis (dos escritos jurídicos) foram introduzidos por copistas da Universidade de Bolonha. Ali difundiu-se um gótico notarial cursivo, ao passo que na Toscana havia a escrita gótica comercial.
Os escritos de Petrarca foram feitos em semi-gótico e que, graças à popularidade de sua obra, tornou-se moda entre os notários do século XV.
Na Holanda e Alemanha, em 1425, teve lugar a litera hybrida, tomando por base os escritos dos breves papais. Na última fase do desenvolvimento caligráfico medievo, chamado de humanística, uma nova caligrafia foi ganhando corpo até formar a base da moderna escrita europeia; o gótico, contudo, continuou sendo usado na Alemanha até 1945.
Tipografia
Eram góticas as primeiras fontes produzidas após o desenvolvimento da tipografia pelo Ocidente, baseadas nos desenhos da