lesão por esforço repetitivo
TRABALHO
As novas exigências do mundo do trabalho tendem a ocasionar diferentes doenças do trabalho e dentre elas as Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.). Com o intuito de investigar a interferência do processo de trabalho nas manifestações da L.E.R. foi desenvolvido o presente estudo, numa abordagem qualitativa, com o objetivo compreender a relação entre a L.E.R. e a organização do trabalho. A população foi constituída pelos 210 filiados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas, Empresas de Economia Mista, de Estacionamento Regulamentado e Fundações do Município de Cascavel (SITEP). A coleta de dados foi através de entrevistas semi-estruturadas, com quatro filiadas ao SITEP, com L.E.R.. Os depoimentos foram agrupados em duas categorias: “Processo de Trabalho” e “A L.E.R. como doença do trabalho”. Os resultados apontam que o processo de trabalho atuou como fator determinante para o adoecimento, devido às exigências excessivas em relação à quantidade de notificações e regularizações emitidas, às condições de trabalho submetidas e a pouca participação
nas decisões, bem como à ausência de pausas e a competição existente entre as trabalhadoras. Constatou-se ainda a existência de dificuldades com o diagnóstico da doença, o posicionamento da empresa frente a doença e as limitações trazidas pela L.E.R. na vida profissional e pessoal destas trabalhadoras, já que depois da cronificação da doença as expectativas em relação ao futuro ficaram restritas. Concluímos com o estudo que a prevenção desta patologia passa necessariamente pela mudança no processo e na organização do trabalho no modo de produção capitalista.
Este trabalho tem como objeto de investigação a relação que se estabeleceu e que se perpetua entre a atividade física e a saúde, particularmente na sociedade brasileira nas duas últimas décadas. Por questões didáticas e para efeito de discussão, nós o dividimos em cinco momentos: - I.