Lesão esforço repetitivo

INTRODUÇÃO

Dentre as doenças ocupacionais mais conhecidas, as L.E.R, sigla que designa as Lesões do Aparelho Locomotor associado com esforços físicos repetitivos ou com manutenção prolongada de alguns segmentos corpóreos em posturas inadequadas, são as que mais atenção vem recebendo por parte de médicos, agências governamentais de saúde, sindicatos de categorias profissionais e do público em geral. As L.E.R acometem pessoas jovens, principalmente as do sexo feminino, que executam tarefas que exigem movimentação continua dos braços e das mãos, ou que se colocam em posturas inadequadas por um período de tempo prolongado. Em sua forma clínica típica, as L.E.R se apresentam como um processo inflamatório doloroso, que acometem os tendões, as bainhas sinoviais e os músculos. Mas o que são as L.E.R? Esta é uma pergunta para a qual ainda não existem respostas convincentes. Alguns sociólogos acreditam que as L.E.R sejam uma manifestação somática das angústias do nosso tempo, uma espécie de histeria coletiva desencadeada pela organização do trabalho moderno, em pessoas com perfil emocional susceptível. Para a maioria dos médicos, principalmente os ortopedistas, seria um processo inflamatório que acomete os tendões, que se atritam uns com os outros e todos contra proeminências ósseas ou estruturas ligamentares muito resistentes, durante os movimentos repetitivos empregados em uma série de tarefas executadas nas industrias de alimentação, montagens de aparelhos eletro-eletrônicos, automóveis, nas empresas de serviços controlados por terminais computadorizados, nos bancos, etc. Para o sindicato de trabalhadores, as doenças são algo a ser explorado, com o objetivo de forçar mudanças que melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores.

Para a maioria dos pacientes, as L.E.R continuam sendo fonte de dor e sofrimento, de

angústia e de medo sobre o presente e sobre o futuro de sua capacidade de ganhar seu salário.