Leste Europeu
Os novos fatos em torno do conflito na Ucrânia vão configurando uma crise geopolítica de vastas proporções, com sérias ameaças à paz mundial.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseny Yatsenyuk, anunciou que vai aos Estados Unidos em busca de respaldo político, econômico e militar, numa demonstração do caráter retrógrado do governo golpista e do seu total descompromisso com a soberania nacional.
De forma antecipada, o imperialismo estadunidense já se encontra em ação e tomando iniciativas militares. Sob o pretexto de realizar treinamento, 300 soldados norte-americanos e 12 caças F-16 da Marinha dos EUA serão transferidos para a base aérea na localidade de Lask, na Polônia. Na semana passada, também com o pretexto de participar de exercícios militares, os Estados Unidos deslocaram de sua base militar na Grécia para o Mar Negro, no sul da Ucrânia, a poucos quilômetros da Península da Crimeia, um destróier lança-mísseis, o "USS Truxtun".
Os porta-vozes do novo regime golpista ucraniano fazem reiterados apelos a uma intervenção direta das potências ocidentais no país, instando os Estados Unidos e o Reino Unido a atuarem como garantidores da “estabilidade”, contrapeso à influência russa e fator repressivo diante da eventual decisão do povo da Crimeia em referendo de aprofundar sua autonomia e até mesmo se separar da Ucrânia.