Leste Europeu
Aluno: Paulo Moreno
Expressão “leste europeu” não tem um suporte científico e concreto, pois vários países geralmente desconsiderados podem muito bem se encaixar nesta categoria. Seu uso fazia mais sentido em um contexto de Guerra Fria, com o antagonismo entre ocidente capitalista e oriente socialista.
De qualquer modo, o conceito sobreviveu ao fim da União Soviética, e pode-se dizer com certa segurança que atualmente 22 países (sem considerar Kosovo, com o status ainda indefinido) constituem o leste europeu. Destacam-se na região os antigos países pertencentes ao bloco socialista, na prática, “satélites políticos” dos soviéticos. Além disso, existem as jovens nações que conquistaram a independência nas duas últimas décadas, nomeadamente, aqueles surgidos do esfacelamento de Iugoslávia e União Soviética, ou da separação da Checoslováquia. Outras nações da região, como Grécia e Polônia sofreram constantes mudanças na sua configuração territorial nos últimos dois séculos. Deixando de lado os aspectos políticos, é certo que esta metade da Europa possui grande diversidade étnica, cultural e religiosa, o que nem sempre se traduz em paz e harmonia. Exemplo disso é a Primeira Guerra Mundial, iniciada nos Bálcãs.
O leste europeu era até a Segunda Guerra Mundial, o local que concentrava a maior população judia no mundo, sendo lar dos judeus ashkenazi e litvak. Ainda hoje a área abriga a maior parte das igrejas ortodoxas existentes, além de ser o núcleo da mais importante cultura muçulmana da Europa, influência da presença turco otomana. O catolicismo é preponderante apenas na Polônia, sendo que os países do báltico (Estônia, Letônia e Lituânia) possuem importantes comunidades protestantes.
Outro aspecto característico do leste da Europa é a tradição de regimes fortes, ou mesmo ditatoriais, de esquerda ou de direita. Como exemplos atuais temos a Bielorrússia, a Ucrânia e Albânia, cujos governos despertam a atenção e o cuidado