Ler é mais importante que estudar
Ler e estudar podem ser parceiros, cúmplices, aliados. Só depende de quem, como, quando e onde.
O povo brasileiro lê pouco, quase nada e muito mal. O que prova o quanto se precisa investir na educação. Ler e estudar deveriam ser entendidos como um grande investimento, cujo lucro seria o grande crescimento do país com cidadãos mais letrados, portanto, mais conscientes, mais pensantes e críticos.
Ler e estudar na escola deveria ser um direito extremamente garantido a todos.
Saber ler e estudar na escola deve ser um direito garantido pelo educador que tem a responsabilidade de ensinar, mediar, levar o aluno a aprender a aprender. Esse educador precisa ter um olho novo para ver coisas velhas de maneiras diferentes. Esse educador precisa ser protagonista do conhecimento, ser um eterno aprendiz, curioso e despertar isso no aluno. Esse educador deve ser um provocador e não deve ter receio de ser provocado. Ele deve ser inquieto, um “aguçador de nossa sensibilidade, um sujeito que amplia e torna mais complexa a nossa visão de mundo”.
O professor protagonista orienta, conduz, mas também sabe se colocar no lugar do coadjuvante permitindo que seus alunos sejam protagonistas de seus processos educativos enquanto seres íntegros. Esse educador oferece instrumentos para que o aluno caminhe com autonomia. Ele pontua, interfere, ajuda a ver o que não se via antes. Ele observa, fala, ouve e aprende com o aluno. Esse educador precisa ser um leitor de si, do outro, do mundo. Precisa aprender a ler. Precisa saber ler e conduzir os passos para uma leitura mais ampla. Precisa ser um pesquisador. Precisa ensinar a ler e a estudar.
Ler é melhor que estudar? Depende.
Para estudar é preciso saber “ler” diferentes tipos de textos e gêneros, ler nas entrelinhas, ler o contexto, interagir com o outro. Não se lê ou se estuda só na escola. O que importa mesmo é atribuir um sentido à leitura e ao estudo. É preciso aparelhar os alunos para