Ler e escrever
palavras familiares para todos os educadores, palavras que marcaram e continuam marcando uma função essencial- talvez a única função- da escolaridade obrigatória.Redefinir o sentido dessa função- e explicar, portanto, o significado que se pode atribuir hoje a esses termos tão arraigados na instituição escola- é uma tarefa incontestável. O desafio que a escola enfrenta hoje é o de incorporar todos os alunos à cultura do escrito, é o de conseguir que todos os seus ex- alunos cheguem a ser membros plenos da comunidade de leitores e escritores.
Para concretizar o propósito de formar todos os alunos como praticante da cultura escrita, é necessário reconceitualizar o objeto de ensino e construí-lo tomando como referencia fundamental as praticas sociais de leitura e escrita.
O necessário é fazer da escola uma comunidade de leitores que recorrem aos textos buscando resposta para os problemas que necessitam resolver, tratando de encontrar informação para compreender melhor algum aspecto do mundo que é objeto de suas preocupações,buscando argumento para defender uma posição com a qual estão comprometidos, ou para rebater outra que consideram perigosa ou injusta, desejando conhecer outros modos de vida, indentificar-se com outros autores e personagens ou se diferenciar deles, viver outras aventuras, inteirar-se de outras historias, descobrir outras formas de utilizar a linguagem para criar novos sentidos.
O necessário é, em suma,preservar o sentido de objeto de ensino para o sujeito da aprendizagem, o necessário é preservar na escola o sentido que a leitura e a escrita têm como praticas sociais para conseguir que os alunos se apropriem delas possibilitando que se incorporem á comunidade de leitores e escritores, a fim de que consigam ser cidadãos da cultura escrita.
A tarefa é difícil porque:
1.a escolarização das praticas de leitura e de escrita apresenta problemas árduos.
2.os propósitos que se perseguem na escola ao ler e escrever