Leitura
ZANELLA, Eliane da Rocha1 COSTA, Edilson da Costa2
RESUMO
A literatura infantil surgiu no século XVIII, quando a criança passou a ser considerada um ser diferente de um adulto, com características e necessidades próprias. A princípio a literatura foi usada como entretenimento, instrumento educacional ou, ainda, como reforço para fixar os costumes da sociedade em cada época. O surgimento da literatura infantil tem características próprias, pois decorrem da ascensão da família burguesa, em contrapartida do enfraquecimento das grandes propriedades da aristocracia fundiária, do novo status concedido à infância na sociedade, que torna-se obrigatória e aberta a todas as classes sociais. Histórias, então, eram elaboradas para converter-se em instrumentos divulgadores de morais e propagandas pela sociedade da época. Nossa cultura nos instrui muito cedo sobre a diferença entre o masculino e o feminino. A família e a escola se mostram preocupados em marcar as diferenças entre meninos e meninas, entre homens e mulheres. Tais marcas se apresentam no corpo, por meio de ornamentos obrigatoriamente femininos ou masculinos e do comportamento social de cada indivíduo. As instituições sociais e culturais fundamentam as identidades na feminilidade e na masculinidade por meio de símbolos que assinalam os gêneros que interferem no
1 Pós graduanda ISAL. 2 Professor Dr. da Faculdade Expoente 28
ATHENA • Revista Científica de Educação, v. 12, n. 12, jan./jun. 2009
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processo de construção das identidades. Pretendo aqui identificar as representações do papel feminino e as identidades de gênero, assim como a submissão da mulher nas histórias infantis como A Bela Adormecida, Hoje é dia de Maria, Chapeuzinho Vermelho e Cinderela nas histórias infantis, assim como os estereótipos que determinam a construção da identidade feminina por meio das narrativas. PALAVRAS-CHAVE: Literatura