Leitura
Compreender o universo de interlocução entre leitor e autor é uma estratégia que poderá ampliar nosso espaço de mediação no que diz respeito às dificuldades de interpretação de textos dos alunos.
Para KLEIMAN, a leitura é um ato social, entre dois sujeitos – leitor e autor – que interagem entre si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente determinados. Essa dimensão interacional, que para nós é a mais importante do ato de ler, é explicitada toda vez que a base textual sobre a qual o leitor se apoia precisa ser elaborada, pois essa base textual é entendida como a materialização de significados e intenções de um dos interagentes à distância via texto escrito (1997; pág. 10).
Esta reflexão nos mostra que um texto não tem significado exclusivamente por si mesmo. O seu sentido é construído na interação entre produtor e leitor. A autora defende que a compreensão do texto parece freqüentemente tarefa difícil uma vez que o objeto a ser compreendido é complexo envolvendo conhecimentos como compreensão de frases e sentenças, de argumentos, de provas formais e informais, de objetivos, de intenções, de ações e motivações.
“Para a compreensão do texto é necessário também poder relacioná-lo a um todo maior, dando-lhe coerência” (KLEIMAN; 1997; pág. 10).
Para compreender um texto, portanto, o leitor precisa deter os conhecimentos necessários à sua interpretação. No momento em que compreendemos o texto, estamos atribuindo-lhe significado através de uma reconstrução do mesmo. Utilizamos para isso o nosso repertório de leitura ativando nossas experiências e saberes no processo de decodificação que podem ser estimulados pelas “pistas de leitura”.
Há um grande repertório de portadores de texto em nossos dias e diversos deles são de fácil acesso público como jornais, revistas e mesmo livros, que podem se encontrados em bibliotecas públicas e escolas.
No entanto, a habilidade de compreender um texto e interpretá-lo vem ainda representando uma