Leitura
Muito se fala sobre o ensino de Língua Portuguesa nas escolas, em como transformar este ensino em algo atrativo para o aluno. De certo mesmo é que vemos que o ensino de Língua Portuguesa não está funcionando como deveria ou como poderia. Como o título deste capítulo é leitura, vamos nos concentrar especificamente nela nas linhas que se seguirão. A grande queixa da maioria dos alunos é que as aulas de Língua Portuguesa são chatas, maçantes, voltadas quase que exclusivamente ao ensino de regras gramaticais. Inclusive as aulas de leitura acabam se perdendo em exercícios repetitivos de “caça palavras” e classificação das mesmas. Isso, de certa forma, acaba se tornando uma tortura para o aluno e afastando-o cada vez mais do gosto pela aprendizagem. É preciso abandonar a ideia antiga de ensino centrada na repetição, deve-se contextualizar o ensino ao tempo presente e consequentemente aproximá-lo do aluno, pois o mundo mudou e a escola deve estar atenta e acompanhar esta mudança. Ana Maria P. de Carvalho diz, no texto Ensinando Língua Portuguesa no Século XXI, que a mudança deve partir da ousadia de ação, ou seja, o professor é o protagonista e como tal, deve estar atento às mudanças por que passam seus alunos em relação à família, aos amigos e, claro, também em relação com a linguagem. A visão de que aula de português serve para se aprender a falar corretamente não encontra mais sentido hoje. É necessário contextualizar o ensino com a linguagem que os alunos usam no dia a dia e mostrar-lhes as várias possibilidades de sentidos e trato com a língua. A leitura de textos contemporâneos, atrelados ao que o aluno lida normalmente em sua vida, pode transformar a visão que este tem da Língua Portuguesa e da necessidade de estudá-la. Para Paulo Freire (2006, p. 5), “leitura boa é a leitura que nos empurra para a vida, que nos leva para dentro do mundo (...)”, ou seja, a leitura não pode ser mais vista apenas como