Leitura e escrita na era digital
Por muitos anos a prática profissional dos professores pôde ser comparada com os passageiros que utilizam os serviços metroviários diariamente. Pessoas apressadas, automáticas em suas ações corriqueiras, sem o hábito de observar, caladas em seu próprio mundo. Essas pessoas no momento do embarque entram em vagões que não se comunicam e chegam ao destino desejado. Analogamente, o professor vai desenvolvendo o seu trabalho fechado em sua sala de aula com seus trinta ou quarenta alunos apressados em transmitir um rol de conteúdos específicos, sem observar o que o vizinho está fazendo, e em meio a tantas informações disponíveis encontra-se desconectado, fazendo uma longa viagem solitária no seu vagão.
Deparamos, ainda hoje, com um cenário em que o professor utiliza como principal ferramenta de trabalho o giz e a lousa. Aulas teóricas onde o professor é o transmissor do conhecimento, tendo dificuldade em encontrar uma nova forma de circular informação e organizar o conhecimento.
O mundo esta em constante transformação, as informações estão disponíveis em grande velocidade, sendo necessário que essa transformação seja acompanhada. Repensar nossas práticas pedagógicas torna-se uma competência essencial para desenvolvermos com profissionalismo o nosso trabalho. Os desafios a serem superados são muitos e não são propostas curriculares e decretos que vão mudar a prática do professor, mas a reflexão do fazer pedagógico pode reorientar o trabalho significativamente, modificando a relação entre o professor, aluno e conhecimento.
Segundo o professor Simão a internet é uma imensa biblioteca, contamos com uma rica fonte de informação que ao mesmo tempo pode se tornar pobre, tornando imprescindível preparar o aluno para selecionar essas informações. Vivemos na era do clique e basta um para que as informações sejam disponibilizadas, faz-se necessário mobilizar o professor para a importância do uso das tecnologias, mostrando caminhos para que esses