LEITURA E ESCRITA NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
“A compreensão do que se está lendo, estudando, não estala assim, de repente, como se fosse um milagre. A compreensão é trabalhada, é forjada, por quem lê, por quem estuda... Por isso mesmo, ler, estudar, é um trabalho paciente, desafiador, persistente. Não é tarefa para gente demasiado apressada ou pouco humilde que, em lugar de assumir suas deficiências as transfere para o autor ou autora do livro, considerado como impossível de ser estudado.” (Paulo Freire, 1993)
O ser humano pode se comunicar e repassar conhecimento de várias maneiras, mas os signos verbais e escritos se destacam no tempo, tanto pela praticidade quanto pela eficiência. Nos livros encontramos conhecimentos de escritores antigos e contemporâneos, de pesquisadores das mais diversas especialidades. Mas, nem todos os leitores possuem conhecimentos específicos para compreender determinados textos. Como por exemplo, para compreender as informações técnicas de uma bula de remédio, o leitor deve ter uma familiaridade com o vocabulário e o conhecimento científico específico da área, para entender uma fórmula matemática é preciso saber ler e interpretar seus símbolos. A atribuição de ensinar a ler e escrever qualquer texto, a princípio, é do professor de português. No entanto, a missão de ler e produzir na disciplina de matemática é do professor desta disciplina.
A matemática está presente em várias atividades humanas. No cotidiano das pessoas, das empresas, no preço dos produtos do mercado, na construção civil, não só no ambiente acadêmico. Um fato que a autora, Lúcia Carrasco, chama atenção é o isolamento da matemática da história dos homens e o receio dos que não gostam da disciplina. A dificuldade com a matemática se refere na sua linguagem e no conteúdo. Na escola essa é o motivo do alto índice de reprovação escolar. A falta de conhecimento dos limites da disciplina, das suas relações com as outras matérias, impossibilita o ler e o escrever