Leite criolo

Trabalho Apresentado Referente à Dissertação: “leite criôlo: da rede modernista nacional à memória monumental do modernismo.”

JUNHO/2014

Este trabalho tem como objetivo analisar a dissertação de Mestrado de Miguel de Ávila Duarte, apresentada ao programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, defendida em 2011 e intitulada “leite criôlo: da rede modernista nacional à memória monumental do modernismo”.
O objetivo do autor é discutir as razões para a obscuridade na qual se lançou o tabloide após o fim de suas publicações, assim como também pretende analisar qual foi o papel desempenhado por ele e sua influência no modernismo brasileiro durante sua circulação. O autor também aborda a forma como os grupos de escritores modernistas interagiam entre si e como o público em geral, através do que denomina rede modernista nacional. leite criôlo foi um periódico modernista publicado em 1929, em 18 edições. A primeira foi um tabloide saído em 13 de maio, comemorando a abolição da escravatura. As edições seguintes saíram no jornal “Estado de Minas” e ocupavam entre metade e um quarto de página.
O tabloide será ponto de partida para se discutir um conjunto de questões envolvendo relação de poder, cultura e pensamento racial no Brasil. Serão trabalhados o discurso “científico” sobre raça e nação e as múltiplas apropriações de símbolos como a “mãe preta”. Deste modo, o autor demonstra como havia na publicação modernista, traços de uma sociedade racista.
O autor tem como objeto de pesquisa o tabloide leite criôlo, e faz dele objeto quando trata de sua trajetória na rede modernista nacional e sua presença na memória monumental do modernismo, mais ligado ao cotidiano e às práticas culturais. Pensar a memória monumental da literatura é pensar o cânone de obras literárias que as compõe, e no caso do Modernismo, implica estudar seus participantes e herdeiros