Ensaio sobre a cegueira
Uma obra literária inconfundível de José Saramago Ensaio sobre a Cegueira em uma adaptação cinematográfica de Fernando Meirelles, o filme é uma excelente reflexão do que seria o ser humano, qual seria a nossa essência, quem somos por excelência, se somos seres capazes, para enfrentar e encarrar um mundo onde as pessoas não sabem quem realmente são e por qual motivo agiriam moralmente e com ética e qual seria o limite para se viver de acordo com esses princípios e a mensagem principal o que seria o amor real entre as pessoas e a quebra dos pré-conceitos existentes. Em uma abordagem inicial o filme retrata uma epidemia, a cegueira branca do homem, que enxerga apenas um mar de leite, e é submetido as mudanças na sociedade em que vive, se afastando da vida social e de seus princípios que regem o seu cotidiano. Ao se lastrar – a epidemia, muitas pessoas são levadas à algum lugar, e não são identificadas com seus nomes, elas apenas se reconhecem pelos instintos em que se encontram. Assim como descreve Aranha e Martins, podemos relacionar a ideia de Platão a experiência relatada no filme pelos que se encontravam no mundo da cegueira: Para Platão (427-347 a.C.), a verdadeira realidade se encontra no mundo das Ideias, lugar da essência imutável de todas as coisas. Todos os seres, inclusive os humanos, são apenas cópias imperfeitas de tais arquétipos, e se aperfeiçoam à medida que se aproximam do modelo ideal. (ARANHA E MARTINS, p.33, 1998) O modelo ideal seria no entanto a experiencia vivida com a cegueira onde todos sem saber de sua raça, cor, etnia e status pôde viver o modelo ideal como seres perfeitos onde aprenderam à ser seres melhores e entender o verdadeiro significado do Homem. Segundo a Marilena Chauí pode-se observar as relações éticas estabelecidas no filme que, mais uma vez nos faz refletir a convivência harmônica diante de tanta diversidade:
Diferenças formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores