ENSAIOS SOBRE A CEGUEIRA
Há uma grande polêmica em relação à ética e moral vigente na sociedade contemporânea. Todos são, até quando necessário, defensores da ética e da moral, mesmo sabendo que nem tudo o que é ético é moral, ou vice-versa. Até quando, como seres humanos, podemos depender dos outros seres humanos? Até os animais são protetores com os membros do seu bando, e nós, seres racionais e integrantes de uma sociedade “civilizada” e organizada, chegamos à conclusão que devemos desconfiar até da nossa própria sombra, e os valores considerados “antiquados” por pertencerem à ética e moral dos tempos de nossos avós, agora são extremamente necessários para que possamos construir um mundo mais justo e humano para todos. O filme “Ensaios sobre a cegueira”, feito a partir de um texto de José Saramago retrata a propagação de uma cegueira “branca” que começa atingindo um oriental no meio do trânsito de uma grande cidade.
DESENVOLVIMENTO
A epidemia de cegueira começa num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está em seu carro em frente ao semáforo, o homem tem um ataque de cegueira, e é aí, em meio às pessoas correndo em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira vai se formando e assustando a todos.
É uma cegueira branca, como um mar de leite e jamais conhecida, se alastrando rapidamente e em forma de epidemia. O governo resolve tomar providências, e as pessoas infectadas são colocadas em uma quarentena com recursos limitados que irá revelar aos poucos as características mais primitivas do ser humano.
A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e a doença se espalha rapidamente, onde apenas a esposa do médico, misteriosa e secretamente mantém a sua visão, enfrentando todos os horrores que são causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediência, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjugados.
Nesta quarentena esses sentimentos são postos à