Legalização Maconha
1. Se a cannabis pode ser considerado um medicamento.
2. Se o consumo de cannabis é prejudicial para a saúde e cria vício.
O debate a respeito da maconha como medicamento veio à luz quando em 1995 a revista científica The Lancet publicou uma monografia pronta que ressaltava os possíveis usos terapêuticos do THC, abrindo novas vias de pesquisa sobre esta droga. Desde então, alguns estudos mantiveram a linha terapêutica, enquanto outros se posicionaram claramente na posição contrária (SILVA, 2006). O debate se mantém aberto; enquanto, a afirmação de que a maconha pode ser um medicamento resulta na linha argumentativa muito poderosa.
A saúde é uma das melhores etiquetas legitimadoras; por essa razão, é a mais utilizada pela própria medicina quando se abrem novos campos que criam algum tipo de controvérsia social. A saúde está de moda e resulta um argumento infalível para legitimar novas formas de intervenção médica. Se se consegue reafirmar a maconha como uma substância que tem uma função curativa e que contribui para a melhora da qualidade de vida, sua legitimação está assegurada. Por isso, os defensores da maconha se acolhem com força a essa possibilidade, potencializando todas as publicações orientadas a apresentar o cannabis como medicamento.
Novamente a estratégia da cultura pró- cannabis é considerar que as possibilidades terapêuticas da droga são postergadas devido à combinação dos interesses políticos e econômicos da indústria farmacêutica, para os quais o cannabis aparece como um competidor. A indústria farmacêutica é considerada como um dos grandes opositores à legalidade da maconha. A denúncia se orienta a que suborna