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O poder e a lei não é somente uma típico filme de tribunal, ele mostra como argumentação pode levar interferir no destino das pessoas envolvidas no caso. O filme conta a história do advogado de defesa Mickey Haller, que passa a maior parte de seu tempo defendendo uma variedade de criminosos, os livrando de serem condenados a prisão e a pena de morte. Ele defende Louis Roulet, um cara acusado de estupro e agressão de Regina Campo.
Um dos aspectos relevantes em O Poder e a Lei é a forma expõem a figura de Mick Haller. Charmoso e auto-suficiente, ele tem a agilidade de ter o banco de trás de seu Lincoln como escritório, o que o possibilita atender vários casos por dia circulando entre vários tribunais. Assim como o serviço é rápido, o dinheiro também entra rápido pela janela do carro – sem impostos. E, para ele, nada mais importa, se o cliente é culpado ou inocente e nem que tipo de maldade praticou, daí ser mal visto como o “advogado que tira a escória da cadeia”, tanto pelo assistente da promotoria, Ted, quanto pelo detetive de homicídios, Lankford, e até mesmo pela ex-mulher, a promotora Maggie .
É aí que reside a complexidade e a contradição do personagem bem interpretado por Matthew. Sob o seu próprio ponto de vista, ele atende a um “código de ética” segundo o qual está ajudando oprimidos e desfavorecidos a ter uma chance perante a lei. Ele poderia ser um advogado bem conceituado, admirado pelos colegas e empregado num grande escritório, mas prefere trabalhar basicamente na faixa de baixo da sociedade. Para não se desgastar muito, não pega casos pesados e tem tempo livre para si. Além disso, o dinheiro é garantido e rápido. Ou seja, é um sujeito solitário que tem a sua vida sob controle, até mesmo bafejado pela sorte do fato de sua ex-mulher continuar livre e com ela encontrar-se para conversar e colocar o sexo em dia, aliviando ambas as pressões.
É o personagem Roulet, de família rica e conceituada, que o retira