O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS EXCLUSIVAS
Quando se discute sobre a inclusão escolar, é importante esclarecer o papel que a escola assume, tendo em vista desenvolver práticas que possibilitem esse processo, especialmente se for compreendida sua capacidade de colaborar para a transformação e a mudança da realidade. A educação escolar é compromisso de todo o corpo docente da escola, desde o porteiro até mesmo à merenda, mas acarreta-se ao educador, seja ele pedagogo ou não, uma grande responsabilidade quanto à capacidade de garantir que os alunos com determinada necessidade especial de aprendizagem contem com o mesmo acesso à educação em sala de aula que os alunos não portadores de necessidades especiais. No plano das ideias, dos discursos de gestores e, principalmente no papel, a inclusão dos alunos com deficiência no sistema público de ensino é uma política impecável. Na prática, porém, o modelo de educação especial inclusiva desenhado com régua e compasso pelo Ministério da Educação, (MEC) em 2003, apresenta obstáculos enormes, que passam pelo despreparo dos professores, falta de acessibilidade nas escolas e nenhum projeto pedagógico específico. O resultado dessas distorções pode ser facilmente identificado dentro das salas de aula.
É preciso que esses alunos “especiais” percebam a possibilidade de estarem inseridos no meio em que vivem, é necessário que eles sejam valorizados, respeitados no âmbito escolar de acordo com suas limitações e que recebam por parte do corpo docente a atenção e empenho a que têm direito. Esse trabalho é constituído por um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio, colocados à disposição dos alunos com deficiência, proporcionando-lhes diferentes alternativas de atendimento, de acordo com as necessidades de cada um.
O atendimento educacional especializado é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficiência. São consideradas matérias do atendimento educacional