lazer e educação
A Escola, ao desconsiderar factores que também desempenham um papel importante na formação do aluno, ignorando todos os processos educativos que actualmente se produzem à margem dela, como a existência no ambiente sociocultural de meios que transmitem outras mensagens de informação (televisão, rádio, video, internet…), torna-se numa escola enfraquecida, que se limita a ensinar para o momento e a não dar bases para um reajuste permanente de conhecimentos e capacidades exigido numa sociedade que evolui aceleradamente.
Esta situação é denunciada por um estudo de Hassenforder e col. (1985), realizado nos liceus parisienses. Os autores inquiriram os jovens sobre os conhecimentos adquiridos na escola e fora dela tendo chegado aos seguintes resultados:
É durante o tempo extra-escolar que os jovens se declaram mais felizes (90.4%);
É fora da instituição escolar que se situam os momentos onde se tomam maiores iniciativas e decisões (72.4%);
57% dos jovens estimam que os momentos mais importantes do dia se situam geralmente fora dos estabelecimentos escolares;
Somente 14% dos jovens manifestam realizar os objectivos da educação, mais dentro da escola do que fora dela;
Considerando estes aspectos, a Escola não se pode esquecer do tempo livre como processo de formação. Será tarefa da Escola proporcionar aos alunos conhecimentos e oportunidades para que eles possam viver, conviver e trabalhar, dando sentido às suas vidas. E hoje em dia, não podemos alcançar estes objectivos simplesmente pela óptica de uma educação para o trabalho, mas paralelamente por uma de educação para o lazer.
Para Requixa (1979, p.21), "a educação é hoje entendida como o grande veículo para o desenvolvimento, e o