Lazer e Educação Física
MARINHO, A. PIMENTEL, G. G. A. Dos clássicos aos contemporâneos: revendo e conhecendo importantes categorias referentes às teorias do lazer. In: PIMENTEL, G. G. A. Teorias do Lazer. Maringá: Eduem, 2010. p.11-39
O tema abordado neste capítulo do livro refere-se à interpretação dos conceitos de lúdico, ócio, recreação e lazer, bem como a relação entre os mesmos, considerando a discussão destes aspectos a partir de pontos de vista de diferentes autores. De acordo com Huizinga (1971) e Caillois (1990), levando-se em consideração o fato de o homem não ser o único ser vivo que brinca, o lúdico é um elemento que precede o surgimento da nossa civilização. Para estes autores tanto elementos culturais quanto instituições sociais receberam um impulso lúdico em sua geração. O aspecto lúdico inicialmente não era tido como objeto próprio, sendo tratado como mero adjetivo para se referir àquilo que possui a qualidade de jogo. Sob esta perspectiva, o lúdico não pode ser contabilizado nem medido, e, assim, qualifica determinados comportamentos, ações ou objetos: um brinquedo é dito como um objeto lúdico, feito com o intuito de brincar e jogar. Ainda, Huizinga (1971) relata que o lúdico é como o “anima”, ou alma, o qual move o ser humano no contexto de jogo. Assim, pode ser visto como identidade própria: quando uma pessoa está com a mente focada no jogo, é dito que esta incorporou o chamado espírito de jogo. Apesar de ser considerada principiante, esta categoria está praticamente naturalizada no universo acadêmico. Além disso, constatou-se que o lazer e o lúdico estão interligados. No entanto, o lúdico se manifesta em ocasiões diversas, enquanto o lazer é algo com situações previstas para acontecer, como fora do horário de trabalho. Este último está presente, em sua maior parte, na infância, consistindo em aprendizagem para as fases seguintes da vida. Tendo em vista as discussões levantadas no capítulo, de fato os conceitos de