Colomba
A parte externa branca do olho chama-se esclerótica e a parte colorida do olho, que pode ser castanha, azul ou verde, é a íris. A íris é protegida externamente por uma membrana transparente chamada córnea. No meio da íris fica a bolinha preta chamada pupila, que na verdade é um buraco na íris por onde a luz entra para formar a imagem na retina. A retina fica no fundo interno do olho como uma tela e forma as imagens através de suas células fotossensíveis. Depois de formada a imagem na retina, ela é enviada ao cérebro através do nervo óptico.
Durante o desenvolvimento embrionário, alguns fatores podem prejudicar a formação completa das estruturas oculares: genética, medicamentos, doenças infecciosas ou drogas. O coloboma pode acontecer só na íris ou em outras partes como pálpebra, retina, nervo óptico ou coroide (camada existente entre a esclerótica e a retina). Quando é só na íris, frequentemente a causa é genética e hereditária. A pupila fica com aspecto de fechadura na maioria dos casos, porém pode ocorrer como uma “segunda” pupila. Nesse caso é comum a formação de duas imagens na retina, o que resulta em visão turva ou imagens fantasmas. Os olhos de quem tem coloboma precisam de cuidado maior com a exposição ao sol, pois a abertura na íris permite maior entrada de raios UVA e UVB.
Não há cura para o problema, mas cirurgias reparatórias de imperfeições na íris estão sendo desenvolvidas, como a já citada em outro post [ clique AQUI]. Nessa cirurgia, um implante flexível é colocado sobre a íris e além de corrigir o defeito, protege os olhos dos raios solares. De modo geral, quem tem coloboma possui diminuição da visão e precisa de acompanhamento oftalmológico periódico.