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Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são uma das afecções neurológicas agudas mais comuns e são também uma das patologias mais frequentes como causa de internamento hospitalar. O AVC é uma doença súbita, que afecta uma zona localizada do encéfalo, produzindo, portanto, sinais e sintomas deficitários causados pela perda de função da área afectada e que ocorre mais frequentemente em indivíduos com factores de risco vascular. O termo doença cerebrovascular denota qualquer anormalidade, consequência de um processo patológico dos vasos sanguíneos. Acidente vascular cerebral (AVC) é a designação clínica aplicada a estes distúrbios, principalmente quando a sintomatologia se inicia de uma forma aguda. A trombose cerebral é a formação de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Estes trombos levam à isquémia ou à oclusão de uma artéria, resultando num AVC ou morte tecidular. Os trombos podem mover-se para outros locais pela forma de êmbolo, de artéria em artéria. Do ponto de vista clínico, estas doenças incluem-se em três categorias principais: trombose, embolia e hemorragia, esta divisão é importante principalmente porque a maneira como se trata os pacientes difere em cada grupo. Do ponto de vista fisiopatológico e da anatomia patológica, é conveniente considerar as doenças vasculares cerebrais como dois processos: * Hipoxia, isquémia e enfarto resultante do comprometimento da irrigação sanguínea e da oxigenação do sistema nervoso central (SNC). * Hemorragia, devido à ruptura de vasos do SNC. Outras formas de AVC hipertensa combinam os dois processos, acima referidos. O cérebro requer uma irrigação constante de glicose e de oxigénio, que são transportados pela circulação e correspondem a 15% do débito cardíaco em repouso e 20% do consumo corporal total de oxigénio. O fluxo sanguíneo cerebral, geralmente de cerca de 50ml por minuto para cada 100g de tecido