Larva migrans
A larva migrans cutânea (LMC), dermatite serpiginosa ou dermatite pruriginosa, conhecida popularmente como bicho geográfico,[ é uma série de manifestações patológicas causada geralmente por parasitas específicos do intestino delgado de cães e gatos que eventualmente atingem o homem. As larvas infectantes deixam marcas parecidas com um mapa na pele do homem devido à sua migração e conseguem avançar de 1 a 2 cm por dia na pele.
A larva possui distribuição cosmopolita, no entanto apresenta maior incidência em regiões subtropicais e tropicais. Trata-se de manifestações patológicas onde as espécies envolvidas só sobrevivem um período no hospedeiro anormal, sem completar a totalidade do ciclo evolutivo.
Agentes infectantes
A LMC é causada por estágios larvais das espécies de Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum.
Menos freqüentemente, a LMC pode ser causada por larva de Uncinaria stenocephala, Ancylostoma tubaeforrne, Gnathostorna spinigerurn (também parasitas de cães e gatos), cepas de Strongyloides stercoralis ajustadas a cães e gatos, Bunostornurn phlebotomum (parasitas de bovinos), Strongyloides myopotami (de roedores) e Strongyloides procyones (de canídeos silvestres).
Larvas de moscas do gênero Gasterophilus e Hipoderma e formigas da espécie Solenopis geminata também podem provocar o mesmo conjunto de manifestações patológicas.
Ciclo biológico
Os agentes etiológicos fêmeas da LMC fazem a postura de ovos no sistema intestinal dos cães e gatos, e esses ovos são eliminados juntamente com as fezes desses animais no ambiente. Em condições apropriadas forma-se a larva de primeiro estágio, L1, ainda no interior do ovo.
Posteriormente esses ovos eclodem, e as larvas alimentam-se no ambiente de microorganismos e matéria orgânica. Após uma semana a larva L1 sofre duas modificações e torna-se L3, que é a larva infectante. As L3, diferentemente das L1, não se alimentam e têm um índice de sobrevivência alto no ambiente, de