Lancet. Saúde no Brasil

Os autores avaliam o sucesso ou fracasso no controle de algumas doenças infecciosas selecionadas e quais são às intervenções para a tentativa de controle, buscando os fatores comuns dos grupos sociais.
- Foi considerado como exitoso, o controle das doenças que foram eliminadas, que aparecem com menos de 1 caso para cada 100.000 habitantes ou que reduziu em 90% sua taxa de mortalidade.
- Foi considerado fracasso, o controle das doenças que aumentaram, mesmo com as intervenções, seu número de casos e suas taxas de mortalidade.
- O controle das doenças que não tiveram melhora ou piora foi considerado como êxito parcial.
De acordo com o texto a distribuição de causas de morte no Brasil segue a direção dos países desenvolvidos. Reduzindo de 50% para 5% a taxa de mortalidade por doenças infecciosas.
Inicialmente os autores explicam os sistemas de vigilância sanitária instituídos em todos os municípios brasileiros, responsáveis pela investigação de casos individuais ou surtos registrados pelo serviço de saúde e por instituir os programas de medida de controle.
O texto examina as tendências entre 1980 e 2007, buscando fatores comuns no controle de cada doença.
As doenças preveníveis por vacinação têm controle exitoso, o Programa Nacional de Imunização alcança as mais altas taxas de cobertura no mundo, com muitas vacinas incluídas gratuitamente (meningocócica, HPV, Pneumocócica). Com o sucesso do programa, as taxas de mortalidade por algumas doenças como tétano e coqueluche tiveram uma redução importante. Assim como a poliomielite que foi erradicada após as grandes campanhas nacionais. Os autores apontam para o fato de que apesar disto, a cobertura vacinal continua com baixa adesão na população de nível econômico mais alto.
Também foram consideradas exitosas as políticas para diarreia, cólera e doença de chagas. No caso da diarreia o tratamento com reidratação oral reduziu a taxa de mortalidade por esta doença. Na prevenção de novos casos as políticas para melhora