LAlalala
O adequado volume de líquido amniótico depende do equilíbrio entre a sua produção, circulação e reabsorção, sendo resultante da interação dos mais diversos fatores ressaltando a formação de urina fetal, atividade secretora da epiderme fetal, fluido pulmonar fetal, deglutição fetal, trocas amnio-fetais e feto-amnióticas. As alterações observadas em um desses fatores irão determinar modificações na produção do líquido amniótico e conseqüentemente no bem-estar fetal, caracterizando o que se designa de oligoâmnio e poliidramnio. Neste capítulo será abordada a redução do volume de líquido amniótico intitulada de oligoâmnio.
1. Definição
Define-se oligoâmnio como sendo a diminuição do volume de líquido amniótico (VLA). A ultra-sonografia surge como o principal recurso capaz de categorizar e definir satisfatoriamente as alterações do VLA. Dessa forma, conceitua-se oligoâmnio quando o índice de líquido amniótico (ILA), determinado através da análise ecográfica, encontra-se abaixo do percentil 5 para a idade gestacional correspondente. Nas gestações gemelares considera-se oligoâmnio quando a medida do diâmetro longitudinal do maior bolsão de líquido amniótico situa-se abaixo do percentil 5 para a idade gestacional correspondente em cada cavidade amniótica (Tabela 1).
2. Incidência
O oligoâmnio é observado em 0,5 a 5% de todas as gestações
3. Etiologia :
1. Ruptura prematura das membranas ovulares : responsável por ¼ de todos os casos de oligoâmnio.
2. Insuficiência útero-placentária.
3. Restrição do crescimento intra-útero : observando-se em tais situações alterações da perfusão renal fetal secundária às alterações placentárias. 4. Gestação cronologicamente prolongada.
5. Malformações fetais :
5.1. Renais : atresia ou agenesia renal ou ureteral, displasias renais;
5.2. Pulmonares : hipoplasia pulmonar.
6. Administração de inibidores de síntese de prostaglandinas
(indometacina)
7. Desidratação materna.
8. Gemelaridade