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A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra – Engels, F.
OS DIFERENTES RAMOS DA INDÚSTRIA
Os operários de fabricas propriamente ditos A obra de Friedrich Engels foi publicada a partir de sua própria experiência em cidades indústrias na Inglaterra, como Manchester. O autor, além de demonstrar com relatos a condição miserável que os trabalhadores se encontravam, explica a trajetória que os levou até essa situação e as interpretações e explicações burguesa, procurando, também, mostrar que estas não têm lógica, não condizem com a realidade. O autor muitas vezes se expressa de maneira conservadora em vista do que temos hoje, principalmente quando tenta estabelecer como deveria ser a normalidade de uma família, ou o papel da mulher na sociedade. Entretanto, frente a sua época é possível entender o conservadorismo e a mentalidade arcaica. Ele começa, esse capítulo em questão, examinando o proletariado inglês a partir dos operários de fábricas. “A categoria de operários que vivem deste trabalho é a mais numerosa, a mais antiga, a mais inteligente e a mais energética; mas também por estas razões a mais agitada e a mais odiada pela burguesia.” Vai defender que a modernização das indústrias são extremamente prejudiciais aos trabalhadores, piorando suas condições de vida. Esses aperfeiçoamentos tecnológicos e mecânicos retiram a necessidade do trabalho do homem, aumentando consideravelmente o desemprego junto à miséria. Para comprovar o autor traz relatos em seu texto de trabalhadores Cartistas que estudam a situação da classe trabalhadora e tem, em números, a quantidade de pessoas de algumas fábricas que foram despedidas pela utilização de maquinas que dispensam os seus serviços. A resposta “habitual” da burguesia é que os aperfeiçoamentos introduzidos nas maquinas, reduzindo os custos da produção, fornecem os produtos acabados a preços inferiores e que graças a esta baixa de preços o consumo aumenta de tal maneira que os trabalhadores desempregados