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Em agosto deste ano foi sanciona, pela presidente Dilma Rousseff, a Lei de Cotas, que deverá reservar 50% das vagas de universidades federias aos alunos oriundos de escolas públicas, além de respeitar questões raciais.
A nova lei não mudará o rumo da educação brasileira para melhor, já que vai acabar com a meritocracia dos vestibulares e os problemas dos níveis básicos da educação não deixarão de existir.
O ingresso nas universidades públicas exige um bom preparo dos candidatos, que geralmente é mais bem oferecido pelas escolas privadas. Então, os alunos dessas escolas, por serem melhor preparados, são os que mais ingressam no ensino superior.A Lei de Cotas, porém, põe fim a essa meritocracia, já que alunos menos qualificados ( que vieram de escolas públicas) têm vaga garantida no ensino superior, algo que sem as cotas dificilmente aconteceria.
Com isso, perde-se um importante meio de avaliação da educação brasileira. Sem as cotas é possível perceber a absurda diferença entre os ensinos privado e público, pois a grande maioria dos aprovados nos vestibulares tinha estudado em colégios particulares. Agora, com a nova lei, será impossível perceber a diferença entre o número de aprovados oriundos de escolas públicas e privadas, camuflando assim o real estado da educação no Brasil.
Outro fator importante diz respeito aos critérios raciais para solicitação de cotas. Estudantes de escolas públicas apresentam dificuldades semelhantes, independente da cor da pele. A cor da pele, aliás, não interfere em nada a capacidade de um aluno ingressar no ensino superior. Além disso, é quase impossível identificar a etnia de um candidato devido a enorme miscigenação de etnias existente no Brasil.
É certo que os alunos de escolas públicas têm menos oportunidades de ingressar em universidades púbicas. Mas as cotas não são o melhor meio de resolver o problema. Para resolvê-lo é preciso que haja investimentos em educação de base, para que alunos de escolas públicas possam