KONY 2012

O Projeto
Kony 2012 é uma campanha feita pela ONG americana Invisible Children, com o intuito de prender o ugandense Joseph Kony, primeiro da lista de procurados, acusado de sequestrar crianças para torná-las soldados, além das meninas serem submetidas a se tornarem escravas sexuais. A divulgação da campanha foi feita por um vídeo muito bem elaborado, com uma duração de meia hora, possuindo imagens e depoimentos de mobilizar a quem assiste. Quase 85 milhões de pessoas já o assistiram, e muitas aderiram a causa. A febre chegou também em celebridades americanas, e acabou se tornando uma marca, pois a ONG disponibiliza pulseiras, camisas e pôsters para arrecadar dinheiro e deter Kony.
Pelo menos é nisso que os voluntários acreditam...

A Intenção
As guerras civis na África são uma realidade de origem histórica. Devido as práticas imperialistas do século XIX, o continente foi dividido entre os países europeus naquela época, mas as determinações daquelas antigas colônias correspondem ao mapa político atual, o que dividiu tribos, aliadas e inimigas, e até famílias na época. Hoje, essas tribos lutam para recuperar seus territórios, em meio ao pobre cenário africano. Os países desenvolvidos não se preocupam em ajudar, discriminam, ignoram. E no sentido de fazer com que os olhos do mundo se voltem para a África, para pelo menos conhecerem a gravidade do problema, qualquer manifestação é útil, como na Copa do Mundo de 2010, que atraiu olhares para a África do Sul. Isso não resolve os problemas, mas é um primeiro passo para tentarmos. O Kony 2012 é uma porta para a sociedade compreender o próximo, e precisamos nos opor a qualquer tipo de violência.

A Crítica
A ideia da campanha de querer ajudar as crianças é um ato muito bonito, mas podemos afirmar que é sincera ou por trás não há outros motivos? De acordo com o professor de direito da Universidade de Columbia, Peter Rosemblum, a situação apresentada no vídeo realmente existiu, porém há anos atrás. As imagens não