Lucena
Kony 2012 é o nome do filme, criado pela ONG americana “Invisible Children”, Crianças Invisíveis. A ONG pede a prisão de Kony e pede também dinheiro para combater o abuso contra as crianças africanas.
Mas dá pra confiar que esse dinheiro será bem empregado? Nos Estados Unidos, o repórter Rodrigo Bocardi investiga essa história direitinho.
O vídeo denuncia o uso de crianças como soldados pelo Exército de Resistência do Senhor, em Uganda. OLRA, como o exército é conhecido, é comandado por Joseph Kony - acusado pelo tribunal penal internacional.
No vídeo de 30 minutos o promotor do tribunal diz: “são crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos contra a população civil. Incluindo assassinato, abuso sexual, estupro, seqüestros”, afirma Luis Moreno Campo.
Jason Russell, o diretor, documentarista, e líder da ONG Invisible Children, mostra o próprio filho no vídeo. E por meio de fotos conta ao garoto quem é Joseph Kony.
"Ele toma as crianças dos pais, dá armas a elas para matar outras pessoas. O que você acha disso?”.
“Tristeza", responde o menino.
Há também o depoimento de um garoto que afirma: foi sequestrado e viu o irmão ser morto pela guerrilha de Kony.
Kony 2012 virou uma marca. Pulseiras, camisetas, pôster, tudo está sendo vendido pela Invisible Children. Só que as críticas vieram com a mesma força. Defensores dos direitos humanos dizem que a campanha é oportunista.
Fomos à faculdade de direito da Universidade de Columbia. O professor Peter Rosemblum afirma que a situação mostrada no documentário existiu, de fato, mas foi há dez anos. “Eu ficaria emocionado se isso tivesse acontecido uma década atrás - quando Kony estava cometendo atrocidades. É um vídeo poderoso, uma história poderosa. Mas há um problema relacionado ao tempo", diz o diretor do Departamento de Direitos Humanos.
No Brasil, o Detetive Virtual também conversou com um especialista em assuntos africanos. Ele confirma que a situação mostrada no vídeo não