Kodak
06/01/2012 ÀS 00H00
Como a Kodak foi de ícone da fotografia a fiasco empresarial
Por Mike Spector e Dana Mattioli | The Wall Street Journal
Depois de passar o último século como uma das mais influentes marcas americanas, a Kodak Co. está entrando para o rol dos fiascos empresariais.
A empresa de 131 anos que massificou a fotografia no século XX e criou a primeira câmera digital em 1975 pode já em fevereiro entrar com pedido de concordata, segundo pessoas a par do assunto. Ela ainda está tentando vender sua carteira de patentes para evitar uma recuperação judicial, segundo essas pessoas - mas já começou a agir para o caso de não dar certo, inclusive conversando com bancos para levantar cerca de US$ 1 bilhão em financiamento para manter-se em pé durante a concordata, disseram as pessoas.
Um porta-voz da Kodak disse que a companhia "não comenta rumores ou especulações do mercado".
Só o fato de a Kodak estar contemplando uma concordata representa um último revés para uma empresa que já dominou a indústria, atraindo engenheiros talentosos de todo o país para a sua sede em Rochester, no Estado de Nova York, e despejando dinheiro em pesquisas que produziram milhares de descobertas na área de fotografia e outras tecnologias.
Foi a empresa, por exemplo, que inventou a câmera digital em 1975, mas nunca capitalizou a nova tecnologia.
Na busca por alternativas para o seu lucrativo mas decadente negócio de filmes, a
Kodak flertou com químicos, produtos de limpeza e equipamentos médicos nas décadas de 80 e 90, antes de decidir se concentrar em impressoras comerciais nos últimos cinco anos, sob o comando do diretor-presidente Antonio Perez.
Nenhuma das suas novas empreitadas gerou dinheiro suficiente para financiar a mudança de curso e cobrir as pesadas obrigações com funcionários aposentados. A concordata pode ajudar a Kodak a se livrar de algumas dessas obrigações, mas a sua opção pelas impressoras tem ainda que se provar