Karl Popper e Lakatos - Filosofia da Ciência
Uma teoria que não pode ser contradita não é refutável, e por isso não é ciêntifíca.
Exemplo: se eu inventar uma teoría do tipo “nós somos rodeados por pequenos seres invisíveis que nos espionam e riem de nós” se pensarmos bem, ninguém pode provar o contrário. Então esssa teoria não é refutável, consequêntemente ela não é científica.
Por outro lado, na astronomia, as leis de Newton permitem calcular o movimento e a posição dos planetas. Elas podem dizer também a data e a hora precisas em que vai ocorrer um eclipse, por exemplo. Podemos verificar se essa teoria está correta, pois temos os meios para testa-la, e é isso que ele chama de teoría refutável.
Refutável, para ele significa “científico”.
Uma teoría é científica quando há possibilidade de fazer experimentos que possam provar o contrário.
Lakatos
Em sua obra A Metodologia dos Programas de Pesquisa Científica (1977), Lakatos procurou proporcionar um refinamento à abordagem falsificacionista popperiana, que o inspirou, mediante a incorporação de conceitos desenvolvidos por Thomas Khun, mas sem negar algumas das hipóteses clássicas do falsificacionismo, como os critérios demarcacionistas e a ênfase na investigação e nos testes empíricos, tornando Lakatos um “falseacionista sofisticado”. Desta forma, esta obra se tornou a mais conhecida de Lakatos.
Assim, num programa de investigação progressivo, a teoria conduz à descoberta de factos novos (até então desconhecidos). Nos programas degenerativos, contudo, as teorias são fabricadas meramente para enquadrar factos conhecidos. (…)
Em resumo. O traço distintivo do progresso empírico não é constituído por verificações triviais. Popper tem razão ao afirmar que há milhões delas. O êxito da teoria newtoniana não consiste no facto de as pedras, quando largadas, caírem em direcção à terra, seja qual for o número de vezes que a operação se repita. Mas as ditas «refutações» não são o traço distintivo do fracasso empírico, como Popper preconizou,