karate
A influência chinesa foi maior num primeiro estágio de desenvolvimento, variando em um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções para um modelo com mais ênfase em golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da China meridional.2 Depois,devido a alterações geopolíticas, sobreveio a predominância das disciplinas de combate do Japão e, nesse período, o modelo tendeu a simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais diretos e renunciando àquilo que não seria útil ou que fosse mero floreio.1
O repertório técnico da arte marcial abrange, principalmente, golpes contundentes — atemi waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadas etc., executadas com as mãos desarmadas. Todavia, técnicas de projeção, imobilização e bloqueios — nage waza, katame waza, uke waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase, dependendo de onde ou qual estilo ou escola se aprende karate.3
A grosso modo, pode-se afirmar que a evolução desta arte marcial aconteceu orientada por renomados mestres, que a conduziram e assentaram suas bases resultando no caratê moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon (técnicas básicas), kata (sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações práticas) e kumite (enfrentamento propriamente dito, que pode ser mero simulacro ou dar-se de maneira esportiva ou competitiva ou mais próxima da realidade). Esse processo evolutivo também mostra que a modalidade surgida como se fosse uma única raiz acabou por se dividir em três partes e, por fim, tornou-se uma miríade de diversas variações sobre um mesmo tema.4
O estágio da transição entre os séculos XX e XXI revela que a maioria das escolas de caratê tem dado ênfase à evolução do condicionamento físico, desenvolvendo