Kant e a separação estado-economia, estado-sociedade e estado-moralidade
ADAM SMITH E A SEPARAÇÃO ESTADO-ECONOMIA
Na visão de Adam Smith o bem estar coletivo é derivado do livre encontro dos interesses individuais e da livre concorrência entre produtores e consumidores, movidos por uma mão invisível através da demanda e da oferta de mercadoria. Neste modelo considera-se prejudicial à intervenção do estado ou qualquer outra interferência. Neste sentido a regulação e leis devem ser estabelecidas pelo próprio mercado.
O soberano é limitado a três funções como:
a) segurança da sociedade contra invasões de outras sociedades independentes.
b) estabelecer uma administração de justiça entre os membros da sociedade, sem interferir no mercado.
c) criar e manter obras e instituições públicas.
Entendia-se então que estando supridas estas condições o Estado tinha uma política supérflua e que sua interferência podia perturbar a boa ordem estabelecida pelo próprio mercado. A auto regulação se dá por maio do próprio mercado e neste contexto são identificados limites dos Estados em regular sobre os aspetos que não vinculam a existência de lucro. Pois, como o mercado está voltado às estruturas que geram lucros, as estruturas que são necessárias para economia, porem não possuem esta característica não estão no domínio da auto regulação, como é o caso das vias férreas, pontes, entre outras. Diante disto, a teoria do estado e economia passa ser entendido como uma teoria relativa, uma vez que o Estado precisa interferir em alguns fatores que estão ligados ao mercado atuando como protetor e na manutenção das relações de produção. A interferência do Estado transparece no momento em que ele começa a interferir no mercado de trabalho.
Para as correntes Marxistas, a relativa autonomia do Estado está relacionada com a dominação da burguesia. O modo de produção capitalista propicia a separação das esferas privada e social, institucionaliza e cria uma concorrência de todos contra todos,