Filosofia e Direito na Contemporaneidade
1. Pensamento político e jurídico de Hegel: introdução
Muito embora se possa encontrar em seu percurso uma rápida passagem pelo jornalismo político, Hegel exerceu durante toda sua vida a carreira de professor. Viajou pela Holanda, Bélgica, Áustria e França. Em 1805 foi nomeado professor extraordinário em Iena, onde, desde 1801, exercia a função de privat dozent. Em 1907 passa a dirigir a Gazeta de Bamberg. Assume a direção do Liceu de Nuremberg em 1808; em 1816, a cadeira de filosofia na Universidade de Heidelberg; e, em 1818, finalmente é nomeado para a cadeira de filosofia da Universidade de Berlin – cadeira que estava vaga desde a morte de Fichte, em 1814. Morre em Berlim, em 1831, de Cólera.
Ainda no início de sua carreira acadêmica – iniciada enquanto discípulo de Schelling –, Hegel publica “diferença entre os sistemas de Fichte e Schelling”. Publica o texto no Jornal de Filosofia de Iena; o qual, juntamente com Schelling, passaria a editar em 1802.
Antes do texto que marcaria sua aparição para o mundo filosófico, Hegel publicara vários estudos, sobre inúmeros temas, como religião, economia, filosofia, história, etc. A grande maioria destes textos foram escritos durante sua permanência em Berna (1793-1796) e Frankfurt (1796-1800), na qualidade de preceptor; no entanto, somente em 1807 se tornariam conhecidos no opúsculo Escritos teológicos do jovem Hegel, editado por H. Nohl.
Mais que uma parceria acadêmica, a amizade com Schelling, juntamente com Hoerderlin, vinda desde os tempos do seminário de Tubingen, produziria muitos frutos, como a “árvore da liberdade”, plantada em