Brasil e a questão indígena
O CONCEITO 'DEVER'
Marilena ChauI diz: "A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos. Se a razão prática tem o poder para criar normas e fins morais, tem também o poder para impô-los a si mesma. Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo que ela própria criou é o dever. Este, portanto, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e à nossa consciência, é a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta da humanidade em nós. Obedecê-lo é obedecer a si mesmo. Por dever, damos a nós mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos."
Análise própria:
Por meio da razão prática criamos e impomos as normas legais (fruto da legislação) ou ético-morais (fruto dos modos e costumes), na visão de Kant o dever é fruto da imposição da razão, sendo, portanto, manifestação da própria humanidade, pois a única dotada de tal razão. Por fim, é que se diz, somos autônomos porque nós produzimos os valores, os fins e as leis que norteiam nossa ação moral.
IMPERATIVO CATEGÓRICO
A ética e a liberdade em Kant são interdependentes. E a perfeição moral, por exemplo, a ética de um homem santo, é um atributo de uma vontade livre, que é capaz de agir segundo a lei moral. Esta lei é chamada de imperativo categórico, e ela é expressa por Kant de quatro maneiras diferentes:
"Age somente segundo uma máxima por meio da qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal."
"Age de tal maneira que a máxima de tua vontade possa valer igualmente em todo tempo como princípio de uma legislação universal."
"Age de tal sorte como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da Natureza."
“Age de tal maneira que trates sempre a humanidade, tanto em tua pessoa quanto na de qualquer outro nunca simplesmente como meio, mas ao mesmo tempo e simultaneamente como fim."
O imperativo categórico