Kant e a Razão Prática
IMMANUEL KANT – “CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA”
Kant
Immanuel Kant nasceu, viveu e morreu numa cidade Alemã, em Konisberg. De origens humildes, cresceu seguindo uma educação pietista (oriundo do Luteranismo).
Em 1740 entra para a Universidade, onde estuda filosofia e matemática, para mais tarde lecionar na mesma.
Com uma vida regrada, há quem conte que por ele eram acertados os relógios, cada vez que passava pelas janelas nos seus passeios diários, sempre iniciados às 16h30.
A morte deste pacifista convicto, com admiração pela independência Americana e pela Revolução Francesa, dá-se aos 80 anos.
“Crítica da razão prática”
A obra de Kant pode ser dividida em dois períodos fundamentais: o pré-crítico e o crítico.
A obra aqui abordada, “Crítica da razão prática” (1788) foi escrita precisamente já no segundo período, um período que corresponde ao acordar de um “sono dogmático”, em muito incentivado pela filosofia de David Hume.
“Crítica da Razão Prática”, a segunda de um conjunto de três publicações de Kant, apresenta-se como uma resposta à seguinte interrogação moral “O que devo fazer?”.
Esta obra trata a razão, na sua vertente e consequente aplicação prática, ou seja, considera a vontade de agir e estabelece a seguinte lei: “Age de tal modo que amáxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal” (KANT, 1967. p. 64), revelando como sua essência a liberdade da vontade
(autonomia).
Todas as três obras que Immanuel Kant escreveu, naquele que é denominado como o seu segundo período, evidenciam o contra-senso de se estabelecer um princípio filosófico que estude a essência dos seres antes que se tenha antecipadamente averiguado o alcance da capacidade de conhecimento. Com estas três obras Kant procura tanto responder a uma filosofia especulativa, essencialmente teorética, quanto uma filosofia prática.
Nesta obra, o pensador demonstra a impossibilidade de se construir um