Kant E Hegel
In Rodrigo Duarte (A arte)
Kant (1724-1804)
• Crítica da faculdade do juízo (1790):
Juízo estético: essencialmente subjetivo, pois se constitui a partir do sentimento de prazer ocorrido tão somente no interior do sujeito.
Juízo de gosto: juízo advindo do prazer sensível que temos na presença de uma coisa que poderia ser chamada de “bela” e possui traços um tanto paradoxais.
Juízo de gosto
• Não explicam conceito algum, pois o que está em jogo é o sentimento de prazer ocorrido “no” sujeito. • É desinteressado, pois não está em questão a posse do objeto que nos propicia o prazer, mas tão somente uma vivência sensível específica
(“livre jogo da imaginação e do entendimento”).
• Não possui utilidade imediata para esse objeto que pode ser considerado belo; impera uma
“finalidade sem fim” (há um propósito mas não um uso associado a esse suposto propósito).
Juízo de gosto
• Possui um tipo de “necessidade” que não é teórico-objetiva do conhecimento científico: o
“senso comum”, isto é, a capacidade de reunir os juízos estéticos de todos os sujeitos em torno do objeto belo.
• Realiza-se mais plenamente na beleza das coisas naturais, implicando em uma superioridade sobre a bela arte.
Finalizando Kant
• “Na experiência estética, o sentimento imediato da beleza opera como a abertura de um espaço que nos libera da submissão mecânica às regras do entendimento, do dever ético e das demandas do desejo sensível” (Rosenfield, 2006:29).
Hegel (1771-1831)
• Desvalorizou o belo natural.
• Só merece a qualidade de “belo” o objeto produzido pelo homem com uma intenção explícita de falar à sensibilidade em sua conexão com a razão.
• Isso acontece porque Hegel recusa a clássica definição da arte como imitação da Natureza.
• Hegel acha a arte superior à Natureza por ser parte do espírito, isto é, a Natureza é “espírito” apenas em “si”, alienado de si mesmo, e só a intervenção humana faz de uma coisa natural algo “em si para si”.
Hegel
• A arte é parcela do espírito