O Pensamento dos Filósofos "Kant, Hegel e Marx"
CRITICISMO
Immanuel Kant, filósofo Alemão, fundador da filosofia crítica, nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental (atual Alemanha), em 22 de Abril de 1724. Foi um dos mais importantes e influentes filósofos da modernidade.
Profundamente imbuído dos ideais do Iluminismo, experimenta profunda simpatia pelos ideais da Revolução Francesa e da independência americana. É pacifista convencido, antimilitarista e alheio a qualquer forma de patriotismo exclusivista.
A exigência da clarificação do pensamento kantiano é tal que apenas a partir dessa postura se tem capacidade para examinar o seu sentido e alcance nos campos da teoria do conhecimento e da filosofia da ciência. Kant está intelectualmente situado numa encruzilhada, a partir da qual elabora diversas interpretações da razão, ponto de partida do pensamento moderno de onde se determinam:
a) a ação moral;
b) o trabalho científico;
c) a ordenação da sociedade;
d) o projeto histórico em que a sociedade se encontra.
O grande objetivo de Kant é determinar as leis e os limites do intelecto humano para ousar enfrentar, por um lado, o dogmatismo arrogante daqueles que sobrestimam o poder da mente humana e, por outro lado, o absurdo cepticismo daqueles que o subestimam. Apenas deste modo [ou seja, por meio de uma crítica que determine as leis e os limites da razão humana] poderão arrancar-se as raízes do materialismo, do fatalismo e do ateísmo. E propõe-se, com isso, pôr fim a toda a futura objecção sobre a moralidade e a religião, apresentando as mais claras provas da ignorância dos seus adversários.
Kant imagina para a filosofia o mesmo que imagina Copérnico para a astronomia. Assim como Copérnico determina a importância relativa e a verdadeira posição da Terra no sistema solar, Kant determina os limites e a verdadeira posição do intelecto humano relativamente aos objetos do seu conhecimento. E do mesmo modo que Copérnico demonstra que muitos dos movimentos aparentes dos corpos