KANT E AUTONOMIA DO PENSAMENTO

KANT E AUTONOMIA DO PENSAMENTO

Para a história formal, o iluminismo – ou esclarecimento – no século XVIII, foi o movimento filosófico, politico, social e econômico da cultura onde a racionalidade passou a ser vista como o melhor caminho para se alcançar a autonomia e emancipação, seguramente uma reação ao absolutismo europeu que era fortemente influenciado pela Igreja, o monopólio no comércio e a censura do pensamento. Assim, o projeto iluminista pretendia ser um antagônico ao período anterior, a idade media – ou para alguns, idade das trevas – onde o poder e controle da igreja administravam a cultura e a sociedade.
Immanuel Kant é sem dúvida o grande nome desse período, seu pensamento atravessou os séculos e ainda hoje há quem faça uso de suas propostas para interpretar a realidade através do esclarecimento que Kant propôs. Mas o que seria propriamente esse iluminismo? Muito se fala sobre o assunto na filosofia contemporânea, mesmo que muitos não apoiem as ideias desse período, não há como deixar de passar pela produção conceitual deixada por Kant, em especial o texto onde o autor se propõe a responder a indagação anteriormente feita, é onde nos apoiaremos para entende-lo melhor.
Para Kant, nascemos numa situação de dependência e ao chegarmos a vida adulta mantemo-nos condicionados a esse modo de ser, pois este é mais simples, menos exigente e não precisamos nos responsabilizar quando o outro o faz por nós. Ou seja, há um conforto nessa forma de ser que é entendida por Kant como “minoridade”, comprando-a com a vida infantil que cedo ou tarde carecerá de encontrar sua adultice.
Já a “maioridade” é poder pensar por conta própria, sem sujeitar-se a outrem. Isto é, é ser autônomo, independente, emancipado e livre. Kant acredita que os sujeitos que se encontram nesse processo adulto, têm consigo as rédeas de seu futuro e também daqueles que não ousaram sair na da vida infantil, por não serem capazes de escrever a história por si, deixando essa responsabilidade