relatório de estagio
1. O problema da intuição e sua história
Conhecer significa apreender espiritualmente um objeto. Essa apreensão, via de regra, não é um ato simples, mas consiste numa multiplicidade de atos.
A consciência cognoscente deve, por assim dizer, rondar seu objeto a fim de realmente apreendê-lo. Ela relaciona seu objeto a outros, compara-o com ouros, tira conclusões e assim por diante. É isso que faz o pesquisador nas ciências especializadas quando quer determinar seu objeto sob todos os ângulos. Mas é também isso que faz o metafísico quando quer, por exemplo, apreender a essência da alma. Em ambos os casos, a consciência cognoscente serve-se das mais diversas operações mentais. Sempre se trata de um conhecimento mediato, discursivo.
Além do conhecimento mediato, há um imediato; se, além do discursivo, há um intuitivo. Um conhecimento intuitivo é um conhecimento, como o nome já diz, pelo olhar. Sua característica consiste em que, nele, o objeto é imediatamente apreendido, com ocorre principalmente na visão. Tudo que nos é dado na experiência externa ou interna é imediatamente aprendido por nós.
No princípio e no final de nosso conhecimento existe uma apreensão intuitiva. A apreensão imediata de uma relação como a que apontamos acima entre dois conteúdos sensíveis ou do pensamento – intuição formal. Diferente desta, a intuição material é a que diz respeito, não à simples apreensão de uma relação, mas ao conhecimento de um dado provido de conteúdo, de um objeto ou fato supra-sensível.
Essa intuição material pode ser de vários tipos diferentes. Em última instância, essa diferenciação está fundamentada na estrutura psíquica do homem. A essência psíquica do homem possui três potências fundamentais: pensar, sentir e querer. Devemos distinguir uma intuição racional, uma emocional e uma volitiva. O órgão cognoscente é no primeiro caso o entendimento, no segundo o sentimento e no terceiro a vontade. Nos três casos ocorre