Jânio quadros
Orador carismático, fez sucesso entre os eleitores com sua pregação sobre a moralidade administrativa. Classificado por estudiosos como populista, nas campanhas eleitorais aparecia comendo sanduíches em botequins.
Em sua primeira disputa pela prefeitura paulista, conquistou grande popularidade ao usar uma vassoura como símbolo da limpeza que prometia fazer nos órgãos públicos. Seu lema durante a campanha à presidência da República era "varrer a corrupção".
Eleito com 48% dos votos, resultado que superou o recorde da época para o Brasil, tomou posse em janeiro de 1961. Renunciou sete meses depois, alegando sofrer pressão de "forças terríveis".
Entre os historiadores, a análise mais aceita é a de que Jânio queria governar com maior autonomia e poderes em relação ao Congresso. Sob essa ótica, o ato da renúncia teria sido apenas uma manobra estratégica adotada pelo político, que acreditava que o pedido não seria aceito pela população, que o prezava, nem pelos conservadores, que temiam a posse do vice, João Goulart, considerado esquerdista. De acordo com a teoria, Jânio poderia ter usado a tentativa com a intenção de voltar mais forte.
Seu breve governo foi ambíguo, caracterizado por uma política interna conservadora de combate à inflação e por ações externas progressistas de aproximação com países de regime socialista e de defesa aberta de Cuba em seu confronto com os Estados Unidos. Em 1964, Jânio teve seus direitos políticos cassados pelo Regime Militar.
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