Jânio quadros
Jânio Quadros teve uma vitória espetacular, pois sua campanha atraiu todas as classes sociais. Politicamente conservador, ele agradava à classe alta à classe média. Não foi a toa que recebeu o apoio da UDN e de Carlos Lacerda. Vivia falando em “varrer a corrupção do país”, daí o famoso símbolo da sua campanha: a vassoura. Nos discursos, Jânio se apresentava como uma figura estranha, mistura de santo, louco e empreendedor. Chegava a comer sanduiche de mortadela no meio do comício só para impressionar as pessoas com a sua “simplicidade”. Embora tivesse se aliado a UDN, não pertencia a nenhum grande partido: sabia se aproveitar do gosto – que o povo brasileiro as vezes manifesta – pelo politico que parece que não é politico, que dá a impressão de que “não está ligado a nenhum esquema”. Muitas pessoas votaram em Jânio acreditando que ele mudaria profundamente o Brasil. Mas não foi nada disso que aconteceu. O presidente revelou-se um governante de direita. Para começar, em nome da “boa administração”, cortou os gastos do governo com hospitais e escolas públicas. Meteu a tesoura no dinheiro que o Estado gastava para manter o petróleo e o trigo baratos. O resultado foi o aumento do preço do pão, do combustível e dos transportes. A esquerda sempre rejeitou Jânio. O problema é que ele foi inábil, irritando também os partidos de direita que o sustentavam. Por exemplo, quando resolveu adotar uma “política externa independente” para o Brasil, Jânio propôs se apresentar como um grande líder do Terceiro Mundo, que não se submetia a nenhum bloco de poder. Sendo assim, reatou relações diplomáticas com a URSS e a China socialista. É claro que o Brasil não estava se alinhando com o bloco socialista, apenas querendo mostrar independência na política