justiça
Título Original: Justiça
Gênero: Documentário
Origem/Ano: BRA /2004
Duração: 107 min
Direção: Maria Augusta Ramos
O documentário tem por objetivo mostrar a situação de precariedade do sistema judicial brasileiro expondo em particular as falhas e o funcionamento burocrático da justiça carioca. No documentário não são feitas entrevistas porque ele busca de forma imparcial mostrar rotina de várias pessoas que tem alguma relação com o judiciário: juízes, promotores, réus e seus parentes, policiais e defensores públicos.
Boa parte do documentário se passa na sala de audiências de um fórum onde se percebe uma notória indiferença dos juízes para com as ilegalidades a que vários réus são submetidos. No começo do documentário é exposta a situação de um réu que foi preso em cadeira de rodas e que pede ao juiz que autorize a sua remoção de uma cadeia superlotada para um hospital por conta de suas necessidades especiais, o juiz mesmo ciente que o pedido do réu é assegurado pela constituição afirma que nada pode fazer, alegando que não compete ao juiz analisar o pedido, mas sim ao medico.
O documentário também aborda a situação caótica do sistema carcerário brasileiro expondo a entrada de presos em celas que já estão superlotadas, nisso, percebe-se a falência desse sistema carcerário, as cadeias, longe de serem local de ressocialização são verdadeiros depósitos humanos, sendo que os presos submetidos a essa situação degradante e em flagrante contradição com o artigo 5º XLIX da constituição federal tenderão a alimentar ódio e revolta da sociedade saindo das cadeias piores de que quando entraram. Paralelamente a esse cenário do sistema carcerário observa-se no fórum a beleza do ambiente de trabalho dos juízes.
O documentário leva a refletir sobre o trabalho da defensora pública Maria Ignez Kato, estaria ela atuando a favor ou de forma contraria aos interesses da sociedade? Por um lado a defensora cumpre de forma legítima seu papel que é