Jung e a educação
APRESENTAÇÃO:
O fato de Jung não constar em nenhuma lista de teóricos da educação, deve-se ao próprio Jung e sua teoria estar mais direcionado para a relação razão e emoção, isto não quer dizer que Jung não se interessava por essa área. Na verdade a preocupação de Jung era com a totalidade da pessoa no processo de individuação. Jung não concordava com a divisão da razão e emoção, das inteligências múltiplas e inteligências emocionais. Para ele a pessoa deve ser vista por inteiro.
Cláudio Saiani é autor deste texto e é um professor arquetipicamente dedicado a sua tarefa e usa sua personalidade como ferramenta de trabalho e a sua disciplina como instrumento de aproximação do outro. O seu olhar é o de professor que cresce junto com os alunos e não o de especialista em matemática, psicologia ou educação.
INTRODUÇÃO:
O senso comum quase já se tornou intimo da palavra inconsciente. Já o termo complexo, introvertido e extrovertido pertence ao mundo das pessoas com mais conhecimento. A psicanálise ou a psicologia profunda ainda engatinha na área educacional. A matemática conta somente com as contribuições das psicologias comportamental, gestalt, estruturalista e construtivista e a psicanálise com seu conceito de inconsciente não fazem parte do universo educacional, como se os professores e alunos não possuíssem. Os professores sabem que estão lidando com alunos diferentes um do outro, cada um com suas potencialidades e características inconscientes e não podem ser vistos como robôs que só obedecem a regras impostas por eles e vão repetindo automaticamente tudo que lhe foi ensinado. Estamos falando de seres humanos que não deixam de ser os mesmos quando estão dentro de uma sala de aula, sujeitos a fabricar inconscientemente a figura de um professor sabidão que tudo que o aluno sabe, aprendeu através dele e por outro lado se fracassou foi por incapacidade dele. Isso não é verdadeiro, se estamos falando de seres humanos, falamos então de uma