Cap 7 e 8 - o homem criativo
Assim, para adquirir autonomia, o ego precisa separar-se do Si-Mesmo. Enquanto isso não ocorrer, e o ego não se diferenciar da totalidade consciente-inconsciente, haverá uma fusão ou identidade entre o eu e os objetos. Esse é o estado original das coisas: não há distinção, nem diferenças.
Do mesmo modo, pode-se afirmar que nossa origem é um estado indiferenciado de identidade, no qual o EGO se encontra em fusão com o inconsciente, e caminhamos para uma diferenciação que implica uma separação de opostos eu-outro, consciente-inconsciente. Essa separação é necessária para que as funções psicológicas serem exercidas de maneira direcionada. Esse processo de diferenciação no sentido da organização da consciência e formação do ego "é o principal produto de toda a atividade arquetípica , e este é intermediado pela ação dos símbolos (O eixo ego-Si-Mesmo)
Para Jung, a formação e o desenvolvimento do eixo ego-Si-Mesmo ocorrem durante a primeira metade da vida.
Segundo Jung as “fases” de desenvolvimento podem ser descritas:
a) da infância até a puberdade, quando predomina a vida instintiva:
b) da puberdade até a meia-idade, período da vida adulta, quando o ego completa sua separação do inconsciente, firmando sua autonomia, e o indivíduo integra-se à sociedade;
Durante essas duas primeiras fases, A preocupação maior relaciona-se à conquista de uma identidade, autonomia, adaptação social, aquisição de recursos e, usualmente, o estabelecimento de uma família e a criação dos filhos.
c) a meia-idade, quando a adaptação se volta do mundo exterior para o interior;
d) a velhice, em que se dá a preparação para a morte.
A segunda metade da vida, o indivíduo estaria principalmente envolvido com o objetivo cultural, que diz respeito mais às questões inconscientes que conscientes, é quando temos, segundo Jung, a oportunidade de encontrar o significado de nossa vida. Muitos adultos que nao se voltam