Judo infantil
Especialmente na idade pré-escolar as crianças estão descobrindo o próprio corpo, suas capacidades e assim descobrindo o mundo. Por isso é necessário sua estimulação psicomotora através de atividades lúdicas e recreativas voltadas para um bem estar físico, mental e social.
A prática do judô não pode estar associada a competições e alto rendimento e deve estar sempre bem orientada associada à conservação da saúde e fugindo de maus costumes e desrespeito.
De acordo com Piaget que estudou os estágios de desenvolvimento infantil, a criança passa por algumas fases durante seu desenvolvimento. Quando iniciam as aulas de Judô, entre 2 e 7 anos as crianças estão na fase intuitiva. Durante essa fase a criança faz a utilização dos jogos simbólicos para compreender o mundo. Nesses jogos, a criança fantasia a realidade, e o Judô utiliza muito desses jogos.
O judô também trabalha conceitos de respeito pelo outro, através da graduação. O autocontrole e a segurança são aprendidos quando a criança entende que as técnicas se ultrapassarem os limites podem machucar o outro ou até a si mesmo. Virgilio (1986, p.69) lembra que no Judô “entre 6 a 10 anos de idade, as crianças devem receber ensino todo especial, baseado em recreação, sem impingir-lhes formas ou técnicas”.
Através do desporto também se aprende conceitos de socialização (prioriza-se trabalhos em grupos e formação de amigos), cidadania, perseverança e se aprende novos e diferentes movimentos que podem melhorar a coordenação motora e auxiliam a um domínio corporal ampliando o controle motor, crianças que possuem essas características geralmente possuem também um bom rendimento escolar e se tornam mais aptas a receber estímulos motores e intelectuais. “O Judô atua desta forma como um meio para auxiliar o desenvolvimento das crianças, e sua prática deve refletir em casa, na escola e na vida social, possibilitando que seus praticantes tenham uma vida harmoniosa com seus semelhantes.”