João Guimarães Rosa
Foi o primogênito de Florduardo Pinto Rosa, juiz-de-paz e comerciante, e de Francisca Guimarães Rosa, pessoa que o influenciou com sua paixão pelas estórias. Joãozito, como era chamado pelos amigos e pela família, conviveu desde cedo com personagens fictícios criados pelos pais e com uma familiaridade com a linguagem, tanto a de sua terra natal, quanto a de países do mundo todo. Assim, tornou-se logo um poliglota. Aos 10 anos, mudou-se para Belo Horizonte, onde morou durante anos com os seus avós. Estudou em diversos colégios na capital de Minas Gerais e nas suas redondezas, tendo como destaque, o Colégio Arnaldo, de padrões alemães, onde permaneceu até 1925, quando, aos 16 anos, se matriculou na Faculdade de Medicina. Formou-se em 1930, no mesmo ano que se casou com Lígia Cabral Penna.
Após a conclusão de sua graduação, mudou-se para o interior de Minas Gerais, se estabelecendo no município de Itaguara, onde exerceu função de médico até se tornar oficial médico do 9º Batalhão de Infantaria em Barbacena. Seguiu sua carreira na manutenção da lei até 1934, quando prestou concurso no Itamaraty e passou a viver como diplomata mundo afora. Foi designado para trabalhar na administração do consulado de Hamburgo, na Alemanha, entre 1938 e 1942. Durante sua estadia no consulado, conheceu sua segunda mulher, Aracy Moebius de Carvalho, que se casa com Guimarães Rosa em 1942. Junto à ela, ao exercer a função de cônsul geral do Brasil em Hamburgo, o escritor brasileiro ajudou a salvar a vida de muitos judeus alemães, pois possibilitou muitos deles de virem ao Brasil. Tendo reconhecimento disso, um bosque que se encontra nos arredores de Jerusalém recebeu o nome do casal e podem ser encontrados no Museu do Holocausto, documentos com depoimentos de pessoas que foram salvas por eles.
Continuou exercendo funções diplomáticas pela Europa, passando, após Hamburgo, por