Elementos Trágico em João Guimarães Rosa
ELEMENTOS TRÁGICOS EM GUIMARÃES ROSA
Belo Horizonte
Universidade Federal de Minas Gerais
2007
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Luiz Romero de Oliveira
ELEMENTOS TRÁGICOS EM GUIMARÃES ROSA
Tese apresentada ao Programa de PósGraduação em Letras: Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Letras: Estudos
Literários.
Área de concentração: Literatura Brasileira
Linha de pesquisa: Poéticas da
Modernidade
Orientadora: Profª Dra. Ruth Silviano
Brandão
Belo Horizonte
Universidade Federal de Minas Gerais
2007
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À Ana.
Aos meus filhos Victor, Luiza e Tomás.
À uva, ao malte e ao jazz.
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Agradeço:
A Ruth, pela leveza e paciência na orientação.
A Bernardo, Bith, Roberto Machado, Lúcia e Flávio Carneiro por mostrarem as pedras no caminho, lá no início da jornada.
A Fabíola, por desembaralhar as letras.
Aos copoanheiros e jazzistas vitorianos, pelo lúdico balsamo após os tropeços. 6
Só quem entendia de tudo eram os gregos. A vida tem poucas possibilidades.
(Rosa)
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RESUMO
João Guimarães Rosa deixa à mostra, em seus textos, uma peculiar maneira de abordar a vida. A paradoxal imagem exposta na frase de Riobaldo – “tudo é e não é” – resume o risco de trafegar no mundo. Não obstante, Rosa convida o leitor para se precipitar em seus abismos. O caminho por ele construído ressalta, como os pensadores do trágico, o impasse existente entre cultura e natureza. É nesse intervalo que a linguagem se apresenta como aquilo que liga o homem ao mundo, mas que também designa a sua separação. No sertão rosiano, o homem se descobre em seu destino de/na linguagem, que, por sua vez, é revelada como o topos no qual habita o trágico.
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RÉSUMÉ
João Guimarães Rosa met à découvert, dans ses textes, une particulière manière d’aborder la vie. L’image paradoxale exposée dans la phrase de
Riobaldo – “tout est et ce n’est pas” – résume le risque